Peixe nunca teve troféus do Mundial de Clubes, sustenta pesquisador
Coordenador do Centro de Memória e Estatística do Santos diz que não houve perda das taças porque elas não ficaram na Vila após as conquistas
Réplicas das taças dos Mundiais do Santos estão
no museu da Vila (Foto: Globoesporte.com)
no museu da Vila (Foto: Globoesporte.com)
Os troféus do bicampeonato mundial conquistado pelo Santos, em 1962 e 63, só ficaram com o Peixe nos anos em que o Alvinegro Praiano os conquistou. O troféu era de posse transitória e só ficaria definitivamente na Vila Belmiro se o clube tivesse vencido o torneio intercontinental três vezes. Portanto, não houve extravio das peças. Simplesmente, o clube nunca as teve. É isso o que sustenta o pesquisador Guilherme Guarche, que coordena o Centro de Memória e Estatística do Santos.
Ele afirma que o Santos está preparando uma nota oficial para desfazer o que considera um “mal-entendido”. O jornal Diário de S. Paulo publicou nesta quarta uma reportagem sobre o suposto sumiço dos troféus que representam as duas maiores conquistas do Peixe. Para montar o seu Memorial das Conquistas, inaugurado em 2003, o clube alvinegro recorreu ao São Paulo, que havia conquistado o Mundial em 1992 e 93 - e voltaria a vencer em 2005 -, para pedir um dos troféus emprestados que serviu de modelo às réplicas santistas.
Ao jornal, o ex-presidente alvinegro, Marcelo Teixeira, que idealizou e inaugurou o museu, explicou que, quando foram reunir o material para a inauguração do local, descobriu que não havia nenhuma menção aos dois títulos mundiais. Ninguém sabia quando haviam sumido. Segundo Guarche, porém, não houve sumiço nenhum pelo simples fato de o Peixe nunca ter ficado com as taças.
- Os troféus eram de posse transitória. O Santos só os teria se tivesse conquistado três títulos. Como conquistou dois, não ficou com um definitivo. E não foram feitas réplicas na época para que se ficasse com o clube. Isso tudo é um grande mal-entendido - explicou o pesquisador.
Segundo o coordenador de comunicação do Santos, Arnaldo Hase, existe a hipótese de alguma réplica ter sido fabricada nos anos 70. Ele explicou que o clube está pesquisando descobrir se houve mesmo algo. Mas considera improvável.
- Sabemos que alguns troféus antigos foram doados para museus, mas sabemos que nenhum desses era dos Mundiais. Estamos pesquisando para saber se houve alguma réplica nos anos 70. O que sabemos, até o momento, é que não.
Curiosamente, o Santos mantém em seu museu as réplicas das duas Taças Libertadores que conquistou em 1962 e 63, que também são de posse transitória. Além disso, outros campeões mundiais dos anos 60 e 70 mantém em seus museus as lembranças de suas conquistas (casos de Real Madrid e Peñarol). O Santos, não.
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