A equipe do Club Atlético Huracán, de Buenos Aires (Argentina) realizou uma pequena excursão ao Brasil no início de 1939.
Estreou no dia 29 de janeiro, no Estádio Parque São Jorge, em São Paulo, derrotando o Corinthians pelo placar de 4 x 3.
O Corinthians saiu na frente e sofreu a virada para 2 x 1 ainda no primeiro tempo. No segundo tempo, o time argentino chegou ao placar de 4 x 1. O Corinthians reagiu, marcou mais dois gols, não conseguindo o empate.
Marcaram os gols do time argentino Baldonedo (2), Catalán e Balsamo. Os do Corinthians foram marcados por Lopes, Martinelli (contra) e Teleco.
Assim formaram as equipes:
Corinthians: José I (Faustino), Miro e Carlos; Munhoz (Jango), Brandão e Tião; Lopes, Joane, Teleco, Carlinhos e Wilson.
Huracán: Espada, Martinelli e Alberti; Bongiovani (Giudice), H. Garcia e Sosa (Titonelli); Catalán, Balsamo, Crotti, Baldonedo e Belfiori.
No dia 2 de fevereiro, o Huracán voltou a campo, desta vez no Parque Antarctica, para enfrentar o Palestra Itália.
Terminou o primeiro tempo vencendo por 1 x 0, gol de Balsamo, mas sofreu a virada para 2 x 1 no segundo, quando Rolando e Carlos marcaram os gols da vitória brasileira.
Oscar Alexandrino foi o árbitro do jogo, que teve a renda de 60 contos de réis.
Os times atuaram com as seguintes escalações:
Palestra Itália: Jurandir, Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Del Nero; Barcelona, Luizinho (Feitiço), Carlos, Rolando e Imparato.
Huracán: Espada, Martinelli e Alberti; Bongiovani (H. Garcia), Giudice e Sosa (Titonelli); Belfiori (Catalán), Balsamo, Crotti, Baldonedo e Belmonte.
Deixando a capital paulista, o time argentino rumou para Santos, onde, no dia 5 de fevereiro, no campo da Av. Pinheiro Machado, foi surpreendido pela Portuguesa Santista, que goleou o time argentino, pelo placar de 4 x 1.
O primeiro tempo terminou empatado em 1 x 1, com gols de Rato II para a Portuguesa e Crotti para o Huracán. Na fase final do jogo, os santistas reagiram consignando brilhante triunfo, com gols marcados por Correa e Logu, duas vezes.
O árbitro foi Jorge Miguel e os times formaram assim:
Portuguesa Santista: Rato, Tuffy e Virgilio (Brun); Cabo Verde, Navarro (Ary Silva) e Anthero; Pintado (Vega), Armandinho, Correa, Rato II e Logu.
Huracán: Martínez (Espada), Marinelli e Alberti (Vidal); Bongiovani (Titonelli), H. Garcia (Giudice) e Sosa; Belfiori, Balsamo, Crotti, Baldonedo e Belmonte.
O último jogo do time argentino no Brasil ocorreu no Rio de Janeiro, no campo do América, na rua Campos Sales, quando enfrentou no dia 11 de fevereiro um combinado carioca formado por jogadores do América e do Vasco da Gama. O jogo terminou com a vitória do combinado carioca por 5 x 4.
Foi árbitro do jogo o argentino Sanchez Díaz.
As equipes foram assim formadas:
Combinado América/Vasco da Gama: Joel (Vasco da Gama), Jaú (Vasco da Gama) e Badu (América); Possato (América) – Alcebíades (América), Aziz (Vasco da Gama) – Sidney e Argemiro (Vasco da Gama); Lindo (Vasco da Gama), Alfredo (Vasco da Gama), Plácido (América), Carola (América) - Bahia (Vasco da Gama) e Pirica (América).
Huracán: Espada (Martínez), Marinelli e Alberti; Titonelli, H. Garcia e Sosa; Bongiovani, Balsamo, Crotti, Baldonedo e Belfiori.
Os gols foram marcados nesta ordem: Plácido, Alfredo, Plácido, Crotti e Lindo, no 1º tempo; Baldonedo (2), Crotti e Alfredo no 2º.
O que chamou a atenção foi o sumiço do empresário que trouxe a equipe do Huracán ao Brasil.
Quando a delegação argentina se preparava para regressar ao seu país, de posse do dinheiro para as passagens e para outras despesas, o empresário Juan José Rodrigues fugiu, deixando uma carta em que procurou explicar o seu procedimento aos srs. Antonelli e Barros, chefes da delegação argentina.
Os delegados argentinos tomaram providências junto a polícia para a captura do empresário, que ficou impossiblitado de sair do Brasil, pois seu passaporte se achava em poder dos delegados argentinos.
A apropriação atingia a importância de 10.000 pesos. Apesar deste contratempo, a delegação argentina embarcou de regresso a Buenos Aires.
Fontes: Folha da Manhã, A Tribuna, de Santos, e Jornal do Brasil.
Colaboração: José Ricardo Caldas e Almeida
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