Marcão:
Gostei da ideia do desafio, vamos ao primeiro:
27/03/1966 Santos FC 0x0 SC Corinthians P (São Paulo) - partida nº 2217 do Santos FC
Local: Pacaembu - São Paulo (SP)
Competição: Torneio Rio/SP
Renda: Cr$ 64.517.500,00
Público: 43.603
Juiz: Ethel Rodrigues
SFC: Laércio, Carlos Alberto Torres, Oberdã, Haroldo e Zé Carlos; Zito e Mengálvio; Dorval (Lima), Coutinho, Toninho e Edu (Joel Camargo).
Técnico: Lula
SCCP: Heitor; Jair Marinho, Ditão, Galhardo e Édson Cegonha; Nair e Rivelino; Garrincha, Flávio (Ney), Tales e Gilson Porto
Técnico: Oswaldo Brandão
Ocorrências: Coutinho e Mengálvio (SFC) expulsos; Laércio defendeu penalti
Comentários:
Durante o Rio /São Paulo de 1966, o Santos atuou todas as partidas sem Pelé, uma vez que o Rei casara-se no início de Março.
Foi nesse ano que o jornal "Gazeta Esportiva" apelidou o Corinthians de "Timão", tendo em vista as contratações do clube paulistano: Ditão, Nair, Garrincha, dizia-se que juntamente com Rivelino, Jair Marinho, Dino Sani (que não jogou essa partida) e Flávio não seria apenas um time, seria um timão...
Tudo isso para tentar sair da fila de conquistas de títulos e quebrar o Tabu contra o Santos FC. Tabu que quase caiu nesse dia, pois aos 35' o Juiz (como se dizia na época) expulsou Coutinho por agressão a Edson Cegonha (revidou uma falta violenta com uma cabeçada) e em seguida, Mengálvio por reclamação. Aos 42', Zito derrubou Garrincha na área e foi marcado pênalti. Com nove em campo, um pênalti a favor e Garrincha sendo parado no "pau", a torcida corinthiana via próximo o fim do tabu. Via... pois Flávio perdeu o pênalti (Laércio defendeu), e o jovem time santista segurou o resultado até o fim, tendo inclusive uma grande chance de gol bem ao final da partida, através de Joel Camargo.
Bem que aquele Senhor de terno claro tinha razão: "Hoje, o Santos não perde, se perder eu saio pelado!!!!" Ainda bem que empatou....
Com esse resultado (e a vitória do Botafogo sobre o Vasco, 3x0), Santos , Corinthians, Botafogo e Vasco foram declarados campeões do Rio/ São Paulo.
E reparem o desfile de craques: Carlos Alberto Torres (Copa do Mundo de 70), Zito (Copas de 58, 62 e 66), Mengálvio (Copa de 62), Lima (Copa de 66), Coutinho (Copa de 62), Edu (Copas de 66, 70 e 74), Joel Camargo (Copa de 70), Jair Marinho (Copa de 62), Rivelino (Copas de 70, 74 e 78) e Garrincha (Copas de 58, 62 e 66).
Em breve, o pedido do Alexandre Magno (muy amigo...)
Até aqui, beleza, jogada sensacional de Guilherme, golaço: Desafiantes 0 x 1 Professor.
Guilherme, continua:
E para encerrar, uma explicação para a pergunta que não quer calar: o que estariam 3 tricolores (Marcão, Toninho e "Seo" Antônio) num Pacaembu, para ver Santos e Corinthians? Simples: Marcão era santista e o Toninho, corintiano (ambos com camisas dos times...).
Explicando com fatos REAIS a pergunta que não quer calar:
1) Como podia ser santista, se em 1965 fui assistir um jogo do tricolor já como são paulino ?
2) ¨Seo¨Antônio, grande tricolor, e grande esportista apenas levou seus filhos para assistirem à final de um Torneio reunindo equipes famosas à época. Como hoje a molecada assiste Milan x Inter para ver Kaká, Pato, Adriano, etc.
3) Camisas dos times ????? Que viajada na maionese.....
4) Tínhamos uma camisa do Santos em casa, presente do Tio Adolpho, Santista ao extremo, numa tentativa de influenciar (de maneira negativa, eu diria) seus sobrinhos. Daí a torcer pelo Santos...
5) Finalizando, já assiti ao vivo muitos jogos do Santos, mas isso apenas como um gesto fraterno.
(O que não faz a amizade por um irmão...)
Pelo exposto, Guilherme tenta fazer graça no desafio, leva um contra ataque e: DESAFIANTES 1x1 GUILHERME.
Um comentário:
Direito de resposta:
Há de se revirar o passado para entender determinadas situações. Já havia postado na árvore torcidológica dos Coelho de Souza que por herança genética o gens sãopaulino é transmitido, herança ancestral do inconsciente coletivo. Então porque razão em 1965 estava com a camisa do Corinthians? Nossos pais, sempre democráticos, e o futebol paixão brasileira levaram-os a "presentear" com camisas de futebol (Palmeiras, Corinthians e São Paulo, os três grandes de São Paulo) quanto ao Santos o Marcos já explicou. Nosso primo Iranildo, esse sim corinthiano fanático (acho que nos acompanhou nesse jogo). Com discernimento assumimos a condição de tricolores.
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